O governo federal prepara novas medidas para fortalecimento dos segmentos econômicos ligados à moda, que estão sendo discutidas em reuniões do Conselho de Competitividade de Calçados, Têxtil e Confecções, Gemas e Joias do Plano Brasil Maior e no âmbito do Sistema Moda Brasil (SMB), lançado nesta quinta-feira (8/11) pelo Governo Federal, durante a Fashion Rio. Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, os representantes do segmentos de couro, calçados e artefatos; têxtil e confecções; e gemas e joias serão chamados, em breve, para “trabalhar” essas medidas.
“Ano que vem queremos pisar no acelerador para dar mais competitividade para esses segmentos que representam de 4% a 5% do PIB, mais quase três milhões de empregos diretos no Brasil e que envolve mais de 60 mil empresas”, destacou. Ele citou medidas recentes do governo federal para aumento da competitividade das cadeias produtivas ligadas à moda, como a discussão para unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), a redução do custo da energia elétrica e a desoneração da folha de pagamento para empresas da área têxtil.
Para o secretário-executivo, é fundamental investir em qualificação profissional e modernização das indústrias, além de reforçar os temas inclusão, inovação e criatividade nas políticas e nos processos em discussão. Para ele, a sustentabilidade é outro ponto fundamental a ser trabalhado por ser um grande elemento de competitividade da indústria nacional desses segmentos.
"Temos um grande desafio. A indústria brasileira relacionada à moda precisa se modernizar porque é uma indústria que depende da criatividade e inovação e, portanto, esses elementos precisam ficar configurados em uma política pública como o Sistema Moda Brasil, que não é somente do MDIC, mas de todo o governo, que está engajado em melhorar a competitividade desses setores", destacou.
Sustentabilidade como diferencial
Durante a solenidade de lançamento, a diretora de Gestão e Planejamento da Apex-Brasil, Regina Silverio, também apontou a sustentabilidade como um diferencial a ser aperfeiçoado e citou os setores de couro e têxtil, que por meio dos curtumes e de tinturarias já adotaram “tecnologia limpa”, investindo no tratamento de resíduos. “Temos avançado bastante. Entendemos que, em alguns mercados, somos bastante competitivos e as barreira tarifárias já não são por si só suficientes. Temos barreiras não tarifarias que temos que vencer e isso pode ser feito a partir da inovação e de ações de sustentabilidade”.
Ela agradeceu o trabalho conjunto das entidades integrantes do SMB e também destacou políticas adotadas pelo governo federal. “Estamos com ações traçadas, iniciamos os trabalhos e já temos medidas lançadas pelo governo desde abril, que buscam incentivar a competitividade da indústria”, disse.
Também participam do evento de lançamento do Sistema o diretor do Departamento das Indústrias Intensivas em Mão de Obra e Recursos Naturais do MDIC, Marcos Otávio Prates, a coordenadora-geral de Ações Empreendedoras e Inovadoras do Ministério da Cultura, Suzete Nunes, o Diretor Superintendente do Sebrae/RJ, Cezar Vasquez, e o diretor-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, além de representantes das demais entidade que compõem o Sistema.
O SMB é integrado por MDIC, Apex-Brasil, Ministério da Cultura, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Associação Brasileira de Estilistas (Abest), Associação Brasileira das Indústrias de Artefatos de Couro e Artigos de Viagem (Abiacav), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal), Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM). (fonte: MDIC)